Reler para ler para ler.
segunda-feira, 16 de janeiro de 2017
sexta-feira, 13 de janeiro de 2017
LOBO À COLINA DE
SÃO ROQUE
Les Photo
Inquéritos de satisfação
Este relativismo
doido
Rede presa em
casa
Nas casas
Marchar contra
Entrar no
bairro, na colina
Fui
Lobo gélido
insatisfeito
De humores fora da toca
Não vos digo
nunca onde
Como nunca sei
Onde você mora,
ou sei
Explorar o que
há para explorar
Como está
Lisboa, como está?
Como está Lisboa
hoje, como está
A subir e a
descer subir e descer Bruschetas
O Forcado Peixe
laranja
É a Rua da Rosa. a Mamie Rosa, chapéus Galo de
Barcelos Cozinha trendy é portuguesa é trendy é portuguesa Sim E o Brás Grogs
Dança da Comida Ao fundo do fundo do fundo O Mini-preço Um
É gente a mais,
já almoçaram Fidalgo Faia Vazio é o faro
Pirata bar um
preto homem Martelaria pesada tá tum tá tá tum tá tá tum tá
Ai Precisava de
saber mesmo como te escondias atrás desta merda na tua toca
Tua Casa casa
sempre casa Sempre casa sempre Em casa
Rá-tá-tá tá-tá tá-tá-.
tá-tá- tá-tá-... Travessa da Queimada
Bairro Alto
massa
Rua da Atalaia tudo
Em película
quando alcanço as Catacumbas Memórias de noite
Tu eu Alcateias
consoante décadas
Lá fora
acasalados num carro Lá fora, disse, sou lobo, nunca fui apanhado
Nas escadas de
um prédio mandou vir
Com o barulho fui daqui até à Alameda
Mandei-te o convite, está lá no facebook...
Sopro o sopro
ouvia isto aos dez anos
Abro a boca o
focinho ao cheiro oleava faz séculos
Devorava isto
tudo.
Às barcas, às
barcas! Pelo mar e pelo mar...
Ás malvas! Ás malvas!
Estimados É como
é como comer papel Souvenir tamanho não é memória Mera é mera a constatação
Voilá, era um convite Vou Shop-shop mini-mercado Travessa da Boa Hora, antes
isso Uma preta mulher Só para dizer que aqui estou sempre no antigamente Século
XVII, XVIII sobretudo E o terramoto? O fartote? Antes, quando antes era tudo
bilingue, bom
Jamais esquecerei os estridentes risos dos
escravos iguais
Todos iguais na
catástrofe eu é que nunca Mas nunca fiz parte de manadas nem de exércitos Nem
de futebóis, sou lobo não faço espécie não sou espécie da espécie se é que me
faço entender
Dessa espécie,
bom, não vos digo mais nada...
Bem, sei, só me
querem porque eu vos dou pistas só eu vos dou pistas as pitas Só eu
Simulo o
passado, conto-vos que conto, fui vou e já fui, e já vou...
Pistas, pistas, pistas gargalhadas pistas
gargalhadas, sim, bem gargalhadas
Hei! Mas não me
riu nunca me riu nada disto tem graça nenhuma
Ou tem se tem,
por outro lado Posso contar do passado...
Ou não, não,
não, não conto do passado como Não conto o passado como
Não conto com o
passado Ouviram?
Uivo a isso Vão
bardamerda, Uivo a isso
A todos
bardamerda a todos, uivo a isso
Só mesmo quando estou disposto Bem disposto
quando dou uivo Por ela uivo uivo ó bardamerda S
oubessem vós
como tenho de me centrar no alimento Isso que odeiam, isso, e odeiam-me!
Isso, odeiem-me
Sou lobo não sou nenhum congregador de almas Soubessem vós como estou como vou
Toda a concentração ao máximo é sempre o mínimo Um mínimo olímpico, soubessem
vós O que são trezentos mil anos Por exemplo... Vá-lá Lisboa ta-ra-ra-ra-ra-ra-rã...
Rá-tá-tá-tá-tá-tá-tá-tá-tá-tá.... Edda em verso perdiz Ragnarok pardalado Lobas
à colina! venham Bom cu trans-oriental transexa eu miro é o tempo Nah!...
Acreditaram, era?
Nah, cuba
exótica, cheirei-lhe Ouvi-a mais tarde.... Três horas depois....Já estava
longe...à beira do cais Ouvi tudo... Os sapatos a serem descalçados ela a
deitar-se no balcão O bar às escuras até vos digo as horas cinco da tarde
Não acreditam?
Querem cheirar? Faro o faro Fixo o fixo Vou o vou ido o ido Sou todo ido e estou
Estou o estou Fenrir e príncipe nas margens do Volga Até predominei em Sevilha
Austrália a pé Vossos céus coitados, não têm disso Vossos infernos, pior, estão
cheios de água Não atravessam nada se não atravessam Nem pelo inferno... Mas
vamos lá vamos lá: Cuba à vista! Num bar! Uivo a isso Opá The Pint Estation
Espera aí na varanda A salsa canta a saliva Sientes que te quiero más con
mi...Lalalala Sou um Shazam Disseram-me isso, sou um Shazam Não sei o que quer
dizer mas aceito Desafio aceite Voilá e já o era Atraio E mais, mais, mais
souvenirs mini-mercado Do paquistão ou do Nepal je m'en fous Tapa bucho tapas y
pinchos Estrella Damn, diz lá, Estrella Damn Travessa de São Pedro Cuidado O
ponto seguinte do percurso é cansado: Tacão Grande Mil Novecentos e Noventas
Entas A Catarina Santiago Costa diz que falávamos muito sobre cinema nós dois nos noventas
entas Uivo a isso!
Mas é andar....
Parafernália a
parafernália
Parabólica
branca medonha de alta enorme cobre todo o MC da esquina Como se ninguém
soubesse Como as ruas são curtas as casas contíguas mas aquilo enorme A
anunciar um fim de um bairro, mesmo que hipotético É o fim é o fim eu já vi
tantos fins Só esta colina de São Roque sempre a começar sempre a acabar sempre
a começar sempre Vá das ruas marcadas Memórias... A parabólica diz Contera Ai a
Alfaia Comi lá, uivo a isso mas
Ai ai ai Tasca
Tequilla Bar Mojito Mezcalina Conchonchada e enchilada! Bom, não percebo a
letra... Pancho Collins? Sim. Et Sim: The Corner Irish Pub, bom,
agora leio melhor: Sex On The Beach, Irish Car Bom The Westies, já agora... Whitey Bulger, já agora Steve Coonan,
pois, South Boston, ai como eu sou Bela colina Azúlea cinza e perigosa Lá
percorri E para
sul: Rua do Norte Hostel marisqueira aché Cohiba Alface Hall Cobalto Corgo Alto
Coturno? Travessa de Esperança ristorante italiano Adega Machado Fado fado fado
Bad bones tatoos Baco Alto. Baco Alto? Ouvir melhor: Cê viu a mesma casa? Já,
já-já... São Já Está O Farta Brutos, sim, o Farta Brutos Isto em tempo de farta
Brutus é monta Querem o quê? Tempos não são tempo Não entendem? Não explico
Olhem o Leitão & Irmão Wine Lover, isso! Está bem está... Isso, Severa Fado,
isso! Isso sim, Severa Fado Severa a escrita encarnado Vende a tempo antigo Cor
portuguesa como o meu pêlo Verde o maço de Marlboro Sou lobo não sou
tradicionalista Não sigo. Não sigo nem deixo de seguir O vazio & Trendy
Bliss Lisbon Apartments Metálica opaca ó Pá tanto faz aqui como em Pasteur
Assim como assim Não é nada é nada Afinal O Cantinho das Gáveas Nesse Estádio
já não entro Onde havia amendoins antigamente onde fumavas O Mike e o Armando
anarca Tinha estado com o Luiz Pacheco e toda a gente que não conheci Lá não
estava mas estava Sim, falo de ti E a jukebox ai ai ai a jukebox agora agora
ouvem mais a jukebox do que quando a jukebox existia fazem bem Usar do instinto
da sobrevivência não conhecem a forma As formas como Lisboa é manada em
texturas das suas peles Não conhecem nada não têm culpa vão conhecendo, é isso
Clichés noites perdidas a mil paus granadas. Não? Meu amigo: 1913, vai pó
caralho, ok? Sou Lobo, não um amendoím temporal ou se quiseres palhaços, um
amendoim em temporal: tu! Porquê? Comia-te em cerveja. Cuspia-te até a beber
uma Cristal ó contingência Santa Contingência Vem-me a mim
Via-me a mim mas
eu não estava Então como então agora presente sempre presente Acendo o lume
ainda me fogem... Ofendem Não estão a ver a minha casa nem as suas A verdadeira
face, como se diz, sou lobo, não contautor de anedotas – ainda por cima as
vossas
Antes diria
morram, morram todos ou vivam agora todos
Kebabs Ai ai,
uivo a isso! Olhem bem para o exemplo da Taberna Minhota Bitoque costeleta de
novilho Ameijoas à Bolhão Pato Falafel durum vegetarian pita kebab Durum
durum... Pastel de bacalhau o dobro do tamanho e a Ginjinha a êro e meio...
quarta-feira, 11 de janeiro de 2017
Ontem
Não estava tão escuro quando passou por mim ontem. Nunca ou quase nunca estou no meio da gente. Afinal sou (ou também posso ser) Lobo, como os mais próximos sabem, ou saberão, e não gosto dos ajuntamentos, dos amontoamentos, neste caso nada contra, mas mesmo assim, fuera. O que importa é que três metros ao meu lado estava Roberto Carneiro, ex-Ministro da Educação, como José Augusto Seabra, que também foi Ministro da Educação, que foi o preso político mais novo da ditadura, aos 16 anos, que como Mário Soares esteve preso em Caxias, que como Mário Soares se exilou em Paris, cidade onde nasceu o seu filho, o meu grande grande amigo Luís Seabra. Isto para constatar a geometria - quando aqui há ainda geometrias mais secretas que se interpõem, e outras pertinentes, mas que não vêm ao caso. Adiante. Importante mesmo foi aqui ter constatado a geometria. Ver como Deus geometriza, como dizia Pessoa. Ou se quiserem, como a própria Vida geometriza. É que a vidinha não geometriza nada. Não desenha sequer uma linha. Não é capaz. É do medo.
terça-feira, 10 de janeiro de 2017
58.
Conversa ouvida ao meio, entre o meio entre os vários meios: «eu é que tenho ração», «Sim?», «Sim, tu também podes ter, depende do teu Pedigree Pal». Assim que tais... Cães das tias, entre as tias...
57.
CABRA CEGA
Cabra cega não vê, julga
Que encontra, presume
Dá-te a ver seu labirinto
Agora quer que te desorientes dentro
Quer que te percas, que o que importa
É o que já não mais importa, mas importa
Que te percas
A sentir a vingança
Do seu erro
A quente
Sem saber quem é quem é
Se a queres não a queres
Muito menos
Muito mais se não vais
No caminho da cabra cega
Se fores reza
A tua sorte
Saindo
A cabra cega não te apanha...segunda-feira, 9 de janeiro de 2017
56.
METAFORMOSA
Uma
simples barata é capaz
De fazer
disparar toda uma cadeia de eventos,
A começar:
o êxodo das casas pelo insecticida
Ela
falava-me assim num doce leve acarinhando
Desenhando-me um sonho como sugestão universitária
E eu, de
acordo comigo há vinte anos,
Não
discordo em nada do que ela disse
Que se
dane este tempo
Quero o
devido confronto que me fez sair de casa,
Antes de
mais nada,
Na
direcção da sua voz
Fina
recompensa fazer valer a pena
De distinta maneira
Poder ir
dar ao encontro da assassina metáfora.De distinta maneira
quinta-feira, 5 de janeiro de 2017
55.
Ninguém tem mais poder que tu para interpretar estes signos.
Sim, tu
Tu tu tu
E nem entendes nem sequer ideia. Tanta cambalhota acrobata virtuosismo desarticulado Desaguamento nesse non sense que nada assume não pode
É um claro que não
Ter de entrar em cada signo, interpretá-lo
Todo o futurismo, amor, já não é ingénuo, já nem sequer é futurista
Acabou e acabou - corta e cola na descoberta que já não há mais nada a destruir?
Foi tudo destilado pela bicheza parasitária do tudo que nos revolucionou
Todos os comandos
Ironia? Medo nenhum da ironia. Ironia? Sim, tens medo, sim
Só que usá-la dentro do medo dá vitórias dá errado inventa purgatórios - desconheces?
Um balão vazio que logo explode e em ti não há sequer queda, dissipas como um sabão quando não és
Nem isso
Medo? Queres o meu medo? Então está bem. Tenho medo
Da potência desse choque
Esse medo que dá não ver já o tijolo já partido
Que é a única maneira de partir o bloco de gelo tijolo coito interrompido
Que só (o) dividido serve para erguermos nosso edifício
Para nos erguermos
Neste cada um a seu lado
Sim, tu
Tu tu tu
E nem entendes nem sequer ideia. Tanta cambalhota acrobata virtuosismo desarticulado Desaguamento nesse non sense que nada assume não pode
É um claro que não
Ter de entrar em cada signo, interpretá-lo
Todo o futurismo, amor, já não é ingénuo, já nem sequer é futurista
Acabou e acabou - corta e cola na descoberta que já não há mais nada a destruir?
Foi tudo destilado pela bicheza parasitária do tudo que nos revolucionou
Todos os comandos
Ironia? Medo nenhum da ironia. Ironia? Sim, tens medo, sim
Só que usá-la dentro do medo dá vitórias dá errado inventa purgatórios - desconheces?
Um balão vazio que logo explode e em ti não há sequer queda, dissipas como um sabão quando não és
Nem isso
Medo? Queres o meu medo? Então está bem. Tenho medo
Da potência desse choque
Esse medo que dá não ver já o tijolo já partido
Que é a única maneira de partir o bloco de gelo tijolo coito interrompido
Que só (o) dividido serve para erguermos nosso edifício
Para nos erguermos
Neste cada um a seu lado
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