segunda-feira, 29 de janeiro de 2018

100.

1.
Japanese Breakfast não resulta no carro. Lloyd Cole sim. Lloyd Cole resulta mais que nunca. Dança pelas curvas a levitar o carro em velocidade pelas altitudes de uma tarde de Sol no Inverno bem entrado na Galiza na direcção de Ourense. De resto é o corte. Não saber bem puxar o carro para trás e deixar um ligeiro (íssimo) arranhão na lateral de outro carro. Que desastre! Vale a generosidade do atingido. Um velho senhor galego de olhos compassivos. Deus o abençoe. Não me senti seguro. Nunca me sinto seguro, aliás. Paguei a mensalidade da dívida à Segurança Social. Li o jornal "A Bola". Escrevi para um portal desportivo a crónica (que não é crónica nenhuma) da final da Taça da Liga de ontem. De bola mais tarde vi os últimos dez minutos de um Getafe a satisfazer-me a ânsia de justiça divina pelo que o Sevilla fez a Berizzo. Mas o que sei eu sobre isso? O que sei, claro está, toca num dos meus valores mais caros. E o que não sei não interessa tanto como o que sei. Claro que houve justiça divína, o Betis foi ao Sanchez Pizjuan espetar cinco contra três, bela Getafada. 

2.
Ir a Portugal só para ir ao Pingo Doce. Poderia explicar. Mas dar-me ia um texto muito chato de escrever. De óbvio. De prosaico. Não tenho a culpa que Portugal e Espanha se ignorem olímpicamente. 

3.
Onde é que se encontra hoje grandeza em Portugal? Tenho umas ideias. Ou talvez nem sejam bem ideias. Ou talvez até sejam, não sei. Verdade é que não concluem nada. E só o ter de andar à procura de uma resposta... que encontrei. Claro que encontrei. Dei com dois tipos de grandeza. Uma de tipo heróico; outra de tipo óbvio. 

4.
Quase sinto vergonha de não termos um escritor da estatura de um Javier Marias. E nem nos vamos abismar pelas leituras adentro...